Muitos já ouviram falar que os Caboclos quando se despedem do
terreiro, onde atuam incorporados em seus médiuns, dizem que vão para a cidade
de Juremá. Outros falam subir para o Humaitá, e assim por diante. Sabemos, no
entanto, que os Caboclos não voltam para as florestas como ordinariamente
voltam os que lá habitam. No espaço, onde se situam as esferas vibratórias,
vivem os Caboclos agrupados, segundo a faixa vibracional de atuação, junto a
psico-esfera da Terra. São verdadeiras cidades onde se cumpre o mandato que
Oxalá assim determinou, colaborando com a humanidade. É para as cidades
espirituais que os Caboclos responsáveis pelos diversos terreiros levam os
médiuns, dirigentes e demais trabalhadores, para aprenderem um pouco mais sobre
a Umbanda. Estas moradas possuem grandes núcleos de trabalhos diversos, onde o Caboclo
faz sua evolução, contrariando o que muitos encarnados pensam (que Caboclo tudo
pode, tudo sabe e tudo faz). Os Orixás, que são emanações do pensamento do
Deus-Pai, que está além da personalidade humana que lhe queiram dar as culturas
terrenas, fazem descer a mais pura energia matéria ser trabalhada pelos Caboclos
no espaço-tempo das esferas que compreendem a Terra, morada provisória de
alguns espíritos em evolução. Lá, na morada de luz dos Caboclos, existem outros
espíritos aprendendo o manejo das energias, das forças que estabelecerão um
padrão vibratório de equilíbrio para os consulentes que vêm às tendas de
caridade em busca de um conforto espiritual. Estas "aldeias" se
locomovem entre as esferas, ora estão em zonas próximas às trevas, socorrendo espíritos
dementados, ora estão sobre algumas cidades do plano visível, etéreas, ou sobre
o que resta de florestas preservadas pelo Homem. De lá extraem, com a ajuda dos
Elementais, os remédios para a cura dos males do corpo. Quando Incorporados, fumam charutos ou
cigarrilhas e, em algumas casas, costumam usar durante as giras, penachos,
arcos e flechas, lanças, etc... Falam de forma rústica lembrando sua forma
primitiva de ser, dessa forma mostram através de suas danças muita beleza,
própria dessa linha. Seus "brados", que fazem parte de uma linguagem
comum entre eles, representam quase uma "senha" entre eles.
Cumprimentos e despedidas são feitas usando esses sons. Costumamos dizer que as
diferenças entre eles estão nos lugares que eles dizem pertencer. Dando como
origem ou habitat natural, assim podemos ter: Caboclos Da Mata - Esses viveram
mais próximos da civilização ou tiveram contato com elas. Caboclos Da Mata
Virgem - Esses viveram mais interiorizados nas matas, sem nenhum contato com
outros povos. Assim vários caboclos se acoplam dentro dessa divisão. Torna-se
de grande importância conhecermos esses detalhes para compreendermos porque
alguns falam mais explicados que outros. Mais ainda existe as particularidades
de cada um, que permitem diferenciarmos um dos outros. A primeira é a
"especialidade" de cada um, são elas: curandeiros, rezadeiros,
guerreiros, os que cultivavam a terra (agricultores), parteiras, entre outros.
A segunda é diferença criada pela irradiação que os rege. É o Orixá para quem
eles trabalham. Quando falamos na personalidade de um caboclo ou de qualquer
outro guia, estamos nos referindo a sua forma de trabalho. A
"personalidade" de um caboclo se dá pela junção de sua
"origem", "especialidade" e irradiação que o rege. E é
nessa "personalidade" que centramos nossos estudos. Assim como os
Pretos-velhos, eles podem dar passe, consulta ou participarem de descarrego,
contudo sua prática da caridade se dá principalmente com a manipulação (preparo
de remédios feitos com ervas, emplastos, compressas e banhos em geral). Esses
guias por conhecerem bem a terra, acreditam muito no valor terapêutico das
ervas e de tudo que vem da terra, por isso as usam mais que qualquer outro
guia. Desenvolveram com isso um conhecimento químico muito grande para fazer
remédios naturais.
segunda-feira, 20 de julho de 2015
domingo, 19 de julho de 2015
CABOCLOS- SARAVÁ SRS DAS MATAS
OS CABOCLOS

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